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A Arte como Expressão Terapêutica,
 
Seixas Peixoto (Unidade de Saúde Ocupacional),
Fundação Beatriz Santos, Coimbra
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Na sala com o nome de um dos percursores desta vertente o DR: ÁLVARO DE CARVALHO o artista seixas peixoto pretende de forma experimental aconselhar através da observação das características de cada individuo diagnosticado com esquizofrenia ou bipolaridade, incutir-lhe a utilização das diversas vertentes artísticas que estão ao nosso dispor nos amplos ateliers, iluminados com luz natural, o que permite uma sensação de liberdade permanente, contrariando os anteriores passos dentro de pavilhões hospitalares.

De início, alimenta-se como formula terapêutica a explicação e compreensão das atividades para as quais se deve direcionar a pessoa em questão. Lentamente e de forma experimental, consegue-se a caracterização das suas capacidades e passa à fase de adaptar a cada indivíduo a forma de lhe proporcionar um bem estar interior, fazendo-o sentir-se realizado na forma como interage quer com a matéria, quer com a nova sensação de obter frutos consideráveis através do seu labor e em simultâneo na concretização de projectos individuais que o poderão, caso pretenda, terminar numa inclusão social de sucesso.

Este processo ou caminho como queiramos denominar, é moroso e pleno de altos e baixos, fruto muitas vezes de alterações comportamentais típicas dos diagnosticados.

Contudo, são testemunhos elucidativos de resultados positivos, as actividades  já concretizadas por esta unidade sócio-ocupacional  em espaços públicos através de exposições de “ARTE BRUTA “ , “ARTE POPULAR” , “AGUARELA” “FOTOGRAFIA” , “BIJOUTERIA DE AUTOR” , “PIROGRAVURA “ entre outras formas artísticas.

 

A “USO “, seus utentes e a equipa multidisciplinar que o acompanha, frequentam igualmente pequenos mercados e instituições públicas com a finalidade de socializar e mostrar o produto do seu trabalho, interagindo desta forma directa com a dinâmica do mercado de trabalho, obtendo lucros para executarem viagens planeadas ao exterior, criando desta forma, uma autonomia, dentro de um contexto social até esta etapa inexistente.

Pretende-se um passo de cada vez com esta integração da arte na vida das pessoas mas, o caminho ainda é longo, começando desde logo, pela sensibilização das entidades oficiais e promotoras que representam o Governo da República Portuguesa.

Afinal estamos todos na mesma “NAU “ sendo esta uma era muito específica e concreta para que o nosso país una esforços nas diversas áreas da ciência e conhecimento de ciclos cognitivos já desmistificados, contribuindo de uma forma justa e social para o acompanhamento e apoio a pessoas diagnosticadas com doenças mentais.

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