Nas últimas décadas a realidade virtual tem sido amplamente estudada, como uma técnica de auxílio nas várias áreas do conhecimento nomeadamente, a medicina, a psiquiatria, a psicologia e a neuropsicologia. O crescente interesse por esta técnica, está relacionada com as evidências favoráveis, dos quais destacamos a reabilitação neuropsicológica com recurso a jogos sérios e ambientes virtuais ecológicos, no tratamento da lesão cerebral adquirida, que visam minimizar os prejuízos da atenção e concentração, do funcionamento executivo, da linguagem, da memória, na inibição de comportamentos indesejados e nas capacidades espaciais.

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O conceito do jogo sério também tem sido discutido por vários autores, pelas propriedades de animação, realismo, interação e simulação com outra intenção além do entretenimento, i.e., pela possibilidade de se puder utilizar em várias áreas como, a educação, a formação, investigação, a saúde (tratamento e reabilitação), entre outros, facilitando o desenvolvimento da capacidade de produção de conhecimento suficiente para conseguir avançar e alcançar os níveis pretendidos. Além dos efeitos positivos dos jogos sérios, também sabemos atualmente que os ambientes/sistemas simulados permitem de forma segura e a um custo acessível, vivenciar situações que são impossíveis de reproduzir em situação real, o que pode ser uma vantagem importante na reabilitação neuropsicológica. Estes jogos proporcionam não só o acesso, mas também o controlo sobre o conteúdo que o utilizador deverá manipular dentro do ambiente e alguns elementos do jogo, como o feedback, o número de acertos/erros, a pontuação e a possibilidade de repetição, são procedimentos úteis na reabilitação das funções prejudicadas, sejam cognitivas ou outras, possibilitando ao utilizador com lesão cerebral adquiridas reaprendê-las.